"Quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo".

(Henry Ford)


____________________ TEA (Transtorno Espectro Autista)






sábado, 25 de julho de 2015

Mudança na forma de diagnóstico elevou casos de autismo nos EUA


Casos de deficiência intelectual foram classificadas como autistas, diz estudo.
Dados foram publicados no 'American Journal of Medical Genetics'.


Da France Presse
Imagem mostra diferença entre neurônio de pessoa sem autismo (à esquerda) e de autista (Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)Imagem mostra diferença entre neurônio de
pessoa sem autismo (à esquerda) e de
autista (Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)
A maneira como era feito o diagnóstico de autismo nos Estados Unidos levou a uma triplicação dos casos nos últimos anos, o que não reflete a realidade - disseram pesquisadores nesta quarta-feira (22).
O que acontece é que mais pessoas jovens com deficiência intelectual ou de desenvolvimento estão sendo classificadas como autistas, argumentou o estudo publicado no "American Journal of Medical Genetics".
Os diagnósticos prevalentes de autismo nos Estados Unidos chegavam a uma pessoa em 5.000 em 1975.
Esse número subiu para um em cada 150 em 2002 e atingiu um de 68 em 2012, de acordo com o Centro norte-americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
"Este novo estudo nos dá a primeira evidência direta de que grande parte do aumento pode ser meramente atribuível à reclassificação dos indivíduos com distúrbios neurológicos relacionados ao invés de um aumento real da taxa de novos casos de autismo", explicaram os pesquisadores da Universidade Estatal da Pensilvânia.
Eles analisaram 11 anos de dados sobre matrículas na educação especial em uma média de 6,2 milhões de crianças por ano. Não encontraram "nenhum aumento generalizado no número de estudantes matriculados na educação especial", disse o estudo.
"Além disso, concluíram que o aumento nos estudantes diagnosticados com autismo foi compensado por uma redução semelhante nos estudantes diagnosticados com outras deficiências intelectuais, que às vezes ocorrem ao mesmo tempo que o autismo".
Mudança de critérios
Então, o que pode parecer uma epidemia de autismo é mais provável que seja uma mudança nos critérios para o diagnóstico no tempo. Além disso, o autismo é uma condição complicada com muitos graus de intensidade, e pode sobrepor-se a outras desordens relacionadas.
"A alta taxa de co-ocorrência de outras deficiências intelectuais com o autismo, que levam à reclassificação do diagnóstico, é certamente devido a fatores genéticos compartilhados em muitas desordens do desenvolvimento neurológico", afirmou o pesquisador Santhosh Girirajan, professor assistente de bioquímica e biologia molecular e antropologia da Penn State University.
"Cada paciente é diferente e deve ser tratado como tal. As medidas de diagnóstico padronizados devem levar em conta a análise genética detalhada e um acompanhamento regular em estudos futuros nos quais o autismo seja prevalente".

FONTE: G1

sábado, 18 de julho de 2015

Autismo e a inclusão escolar no Brasil.


A inclusão escolar é um tema que está em voga nos últimos anos no Brasil. Leis foram feitas na tentativa de normatizar o sistema educacional brasileiro, mas o que se percebe é que pouca coisa foi feita para receber os alunos que necessitam de um aparato da escola para ser incluído, e os autistas fazem parte desse grupo de alunos. Com isso, a inclusão acaba não acontecendo e o maior prejudicado é o aluno.
O tema da inclusão escolar é bastante polêmico, isso porque, apesar de ser quase uma unanimidade entre os profissionais da educação, de que a inclusão de alunos com necessidades especiais é melhor para o desenvolvimento destes, e de que traz um grande ganho para os outros alunos também, que aprendem desde cedo a conviver com uma diversidade muito maior de pessoas, ela não ocorre de forma adequada no país, deixando os alunos e seus familiares perdidos muitas vezes.
Assim, ainda existem pais que preferem ver seus filhos em escolas “especiais”, pois estas estariam mais preparadas para atender as necessidades dos seus filhos. Mas a tendência que ocorre no Brasil, e no mundo, é de que as crianças consigam ser incluídas nas escolas regulares.
O que ocorre de fato no Brasil é que as leis foram feitas, e muita gente nem sabe qual o direito que tem e pelo que de fato precisa brigar para que seu filho, com autismo ou outro transtorno, tenha de fato uma inclusão escolar. Dessa forma, enumero abaixo algumas leis importantes relacionadas diretamente à educação.
De acordo com o §2° do art.1º da Lei 12.764/12, a pessoa diagnosticada com Transtorno do Espectro do Autismo é considerada pessoa com deficiência, isso para ter seus direitos assegurados na forma da lei. Assim, de acordo com o Parágrafo único do art. 6 da lei citada, se for constatada a necessidade, o autista tem direito a um mediador escolar para lhe auxiliar na sala de aula.
O ECA também traz alguns direitos que a pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo tem, como o direito que os pais e responsáveis tem em participar do processo pedagógico e das propostas educacionais referentes ao seu filho, de acordo com o art. 53. E o art. 54 que fala sobre o direito ao AEE – Atendimento Educacional Especializado, após as aulas na turma regular.
De acordo com o decreto N°6.949/2009 as pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo tem direito a adaptações e serviços individualizados, atendendo assim, a necessidade de cada pessoa, a fim de facilitar a educação. E, por fim, o art. 8º da Lei 7.853/89 proíbe que qualquer escola recuse, suspenda ou cancele a matrícula do aluno por motivos derivados do autismo.
Esses são apenas alguns exemplos de leis brasileiras que resguardam os direitos dos autistas de terem acesso a uma educação digna, de qualidade e realmente inclusiva. Sabe-se que ainda falta um longo caminho para que as leis sejam cumpridas de fato, como estão no papel. E faz parte do papel de qualquer cidadão, seja pai ou responsável de autista ou não, cobrar das autoridades competentes que as leis sejam cumpridas, e para que isso aconteça, é preciso conhecê-las.

sábado, 11 de julho de 2015

Congresso on-line sobre autismo recebe inscrições de participantes


Discussão é promovida por terapeuta de Ponta Grossa, no Paraná.
Serão 24 palestras entre segunda-feira (6) e domingo (12).



O 1º Congresso Nacional On-line de Integração Sensorial começa na segunda-feira (6) e termina no domingo (12). O objetivo é discutir o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) com profissionais que atuam na área. As inscrições são feitas pelo site do congresso. A participação é gratuita.
Conforme a organizadora do congresso, a terapeuta ocupacional de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, Gabrielle Grube Pereira, os interessados podem se inscrever para a programação completa ou para as palestras que desejar.
Serão 24 palestras dadas por médicos, pedagogos, psicólogos, pais de autistas, fonoaudiólogos e integrantes de movimentos ligados ao autismo.
Gabrielle vai ministrar a primeira palestra na segunda, às 10h, sobre as características do processo sensorial dos autistas. Ela recomenda o congresso para famílias de autistas e profissionais que trabalham com o tema.
Até a tarde deste domingo (5), o congresso já tinha recebido 4,3 mil inscrições. “Há pessoas de todos os estados brasileiros e de 15 países”, conta.
Segundo a terapeuta, o participante se inscreve no site e recebe um link pelo e-mail cadastrado para assistir à palestra, que é transmitida ao vivo. A explanação pode ser acessada em aparelhos celulares, tablets e computadores.
O autismo é um transtorno de comportamento. As características principais são a falta de interação social, a repetição de comportamentos e a dificuldade na fala. Os sintomas aparecem, normalmente, até os três anos de idade.
FONTE: G1

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Aderbal Sabrá, cientista da Unigranrio, descobre a associação entre alergia alimentar e cura do autismo

2/7/2015 às 09h55

Pesquisa de Aderbal Sabrá, coordenador do curso de Medicina da Unigranrio, (pós-doutorado em Gastroenterologia pediátrica em Denver/Colorado e na Wayne State University/Michigan; e pós-doutorado em Imunologia na Georgetown University/Washington.DC), revoluciona a prevenção e cura do autismo. Ele pesquisa alergia alimentar e autismo há 17 anos, tanto pela Unigranrio quanto pela Georgetown University, em associação com o renomado imunologista americano Joseph Bellantti. É a primeira vez que um cientista afirma que alergia alimentar interfere no neurônio, podendo causar convulsão, hiperatividade, transtorno de déficit de atenção na sua evolução patogênica, que pode chegar a produzir, consequentemente, autismo. Estes achados do cientista brasileiro abrem, pela primeira vez, os caminhos da etiologia e do tratamento desta doença que, até hoje, ceifa a qualidade de vida de importante parcela de nossas crianças, pois como disse Aderbal Sabrá, “De cada 70 crianças no Brasil, uma sofre de transtornos do espectro autista”.

Segundo o Acadêmico Aderbal Sabrá, na década de 70 a incidência alimentar incidia em, pelo menos, 2% dos adultos, percentual que subiu para 10% na atualidade. Nas crianças, este índice passou de 10% para 30%. “A prevenção da alergia alimentar será um grande passo no tratamento do espectro autista”, sustentou o Acadêmico Sabrá.

Notificação da Academia Nacional de Medicina reconhece a descoberta científica de Aderbal Sabrá.

Nesta última quinta-feira, Aderbal Sabrá participou de uma cerimônia na Academia Nacional de Medicina, onde recebeu notificação sobre esta descoberta, de forma oficial. Um artigo da edição de junho da Nature, a bíblia da ciência, enfatiza que o sistema linfático está presente no sistema nervoso central, constatação que Aderbal Sabrá já fazia desde 1998. Com seu artigo científico na Academia Brasileira de Medicina, o cientista teve seu trabalho reconhecido, justificando a relação entre a alergia alimentar e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou simplesmente autismo, como é conhecido. Já em 2005, ele publicou uma notificação que a maioria dos médicos e estudiosos utilizam para estudar alergia, porém, foi em 2006 que o cientista Sabrá foi chefe de um estudo multicêntrico, envolvendo a Unigranrio e as universidades da Colômbia, Venezuela e EUA. Nesta ocasião os cientistas estudaram cerca de 200 casos de autismo, com conclusões de seus achados publicados em revistas médicas de renome internacional.

O imunologista Aderbal Sabrá faz alerta importante: “Tudo leva a crer na mudança de paradigma de uma doença que, até hoje, não tem cura. Todo autista, sem exceção, é alérgico alimentar, antes de ser autista. Esse sistema imunológico de resposta alérgica fica circulando no paciente. Isso resulta em catarro no pulmão e eczema na pele, em diarreia ou constipação no trato digestivo, enquanto estes órgãos estiverem sob estímulo antigênico. O exemplo mais clássico de alergia alimentar e doença pulmonar crônica é dado pela criança com alergia e bronquiolite. O pulmão passa a ser o órgão de choque com a inflamação da bronquiolite e, fatalmente, esta criança terá asma antes dos 5 anos de vida. Quando há inflamação em qualquer dos órgãos de uma criança, por exemplo, como bronquiolite, a resposta imune vai para o pulmão, mas se a criança nasce e tem diarreia, vai para o aparelho digestivo, e, ainda, se nasce com problema de pele, consequentemente irá para ela”.

As declarações de Aderbal Sabrá dão conta de uma mudança radical no tratamento de pacientes com autismo: “Com o afastamento dos complexos de atividade imune do cérebro, os pacientes autistas passam a melhorar com relação, por exemplo, nas suas atitudes anti-sociais e, desta forma, caminham para a cura. A ciência tem um novo motivo para comemorar. A recuperação total de autistas, em síntese, depende do número de neurônios atingidos e da gravidade de suas lesões. Tudo isso depende da gravidade da resposta imune no cérebro e, ainda, de seu tempo de exposição à agressão imunológica. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais fácil de se fazer o tratamento e profilaxia do autismo. Criança alérgica não pode gerar inflamação em seus neurônios, que assim se tornam o “homing” para os complexos antigênicos circulantes. Criança alérgica não pode ter infecção do sistema nervoso central, não deve traumatizar sua cabeça, não pode inflamar seu neurônio com vacinas neurotrópicas, para se evitar inflamação dos neurônios”, explica o cientista, alergista alimentar, gastroenterologista e professor da Unigranrio.

Sabrá já tinha evidenciado alguns caminhos pela cura do altismo, desde 1999, quando publicou na revista Lancet (uma das mais importantes publicações científicas na área médica mundial) o primeiro estudo em que dizia que alergia alimentar tinha uma relação direta com autismo. “A partir da publicação na revista Lancet, em 1998, eu disse que o autismo provoca lesões idênticas às de alergia alimentar, nos intestinos. Com as pesquisas seguintes, eu me questionava por qual motivo esses complexos de atividade imune, que promovem lesões nos intestinos, nos pulmões ou na pele, e o motivo de não irem para o cérebro; até o momento em que comecei a perceber que, no alérgico alimentar, com doença inflamatória no cérebro, este órgão passava a ser o órgão de choque imunológico. Com as inúmeras investigações e pesquisas, vi que os meus pacientes alérgicos têm mais hiperatividade, mais transtorno de déficit de atenção e, ainda, que alguns entravam no perfil do transtorno altista. E, com isso, passei a tratar meus pacientes como estes transtornos, como trato os que têm alergia alimentar em outros sistemas”, confirma Aderbal Sabrá. 

Lançamento do livro ‘Manual de Alergia Alimentar’, pela Editora Rubio, teve a presença de vários cientistas e acadêmicos da Academia Brasileira de Medicina.

Aderbal Sabrá lançou a terceira edição do livro ´Manual de Alergia Alimentar´, nesta última quinta-feira, na Academia Brasileira de Medicina (ANM), pela Editora Rubio. Com a presença do presidente da ANM, Pietro Novellino, e os principais cientistas e acadêmicos do Estado do Rio de Janeiro, Sabrá foi consagrado por sua literatura e por sua vida de estudos no campo da medicina. Durante mais de 20 anos de estudos e pesquisas, no Brasil e exterior, Aderbal Sabrá tem observado aumento significativo de pacientes com doenças alérgicas, em especial na população pediátrica. No entanto, a prevalência dessas enfermidades são crescentes. 

FONTE: R7