"Quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo".

(Henry Ford)


____________________ TEA (Transtorno Espectro Autista)






sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O CONTADOR - Filme 2016 - Christian Wolff é um portador da Síndrome de Savant com mais afinidade por números do que por pessoas.




Resultado de imagem para o contador ben affleck

Data de lançamento 20 de outubro de 2016 (2h 10min)
Direção: 
Gêneros AçãoSuspenseDrama
Nacionalidade Eua


SINOPSE E DETALHES

Não recomendado para menores de 14 anos
Desde criança, Christian Wolff (Ben Affleck) sofre com ruídos altos e problemas de sensibilidade, devido ao autismo. Apesar da oferta de ir para uma clínica voltada para crianças especiais, seu pai insiste que ele permaneça morando em casa, de forma a se habituar com o mundo que o rodeia. Ao crescer, Christian se torna um contador extremamente dedicado, graças à facilidade que tem com números, mas antissocial. A partir de um escritório de contabilidade, instalado em uma pequena cidade, ele passa a trabalhar para algumas das mais perigosas organizações criminosas do mundo. Ao ser contratado para vistoriar os livros contábeis da Living Robotics, criada e gerenciada por Lamar Blackburn (John Lithgow), Wolff logo descobre uma fraude de dezenas de milhões de dólares, o que coloca em risco sua vida e da colega de trabalho Dana Cummings (Anna Kendrick).
Título original The Accountant
Distribuidor WARNER BROS.

Fonte e Trailer


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Novo laboratório em SP cria ‘minicérebros’ para tratamento de autismo

Por Carolina Dantas, do G1
26/09/2016 às 16:45 · 26/09/2016 às 17:09

Pesquisadores analisam genes de cada paciente para prever remédios cada vez mais certeiros para luta contra a doença.
Um novo laboratório localizado em São Paulo criará “minicérebros” para ajudar no tratamento personalizado de pacientes com autismo.
Inaugurado neste sábado (24), a startup de biotecnologia Tismoo é uma parceria entre o biólogo molecular Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia, e a professora Patrícia Beltrão Braga, da USP. Eles pretendem, por meio da análise genética dos pacientes, obter um tratamento mais certeiro para a doença.
De acordo com Muotri, o laboratório é o primeiro do tipo no mundo. O passo inicial do tratamento é fazer a análise genética detalhada de cada indivíduo ou família, e detectar a mutação que causou o autismo. Ele defende que a técnica, em alguns casos, seja feita pelo menos com o pai, mãe e filho — no caso de o casal desejar um segundo filho, isso é importante.

O último passo é o dos “minicérebros”. Com o mapa genético do paciente em mãos, é feita uma reprogramação celular por meio de células-tronco e são criados esses “minicérebros” com a genética do autista. São pequenas estruturas de neurônios que recriam em certa medida o funcionamento cerebral. Desta forma, é possível testar quantos medicamentos forem necessários para o tratamento.O segundo passo é analisar a mudança nos genes e mapear os tratamentos possíveis. Boa parte das mutações não estão catalogadas, por isso o laboratório irá rastrear na literatura médica tudo o que está em fase de pesquisa.
Mas o “minicérebro” não tem uma estrutura completa e não é um cérebro em miniatura. Ele não tem consciência, mas simula de forma rudimentar o tipo de organização que existe no cérebro humano.
A vantagem de usar “minicérebros” em laboratório é que eles crescem como culturas de células e formam naturalmente uma estrutura em camadas – similar à que existe no córtex, a superfície do cérebro, responsável pelo processamento mais sofisticado de informações no sistema nervoso.
Possuindo tamanho médio em torno de 30 micrômetros — largura de um fio de cabelo de bebê – essas estruturas são maiores que os grupos isolados de neurônios em cultura de células bidimensionais. É possível, assim, medir os impulsos elétricos que trafegam por essa estrutura e verificar se estão ocorrendo de forma normal.
“Você pode criar 100 ou 200 ‘minicérebros’, gerados a partir de células-tronco. E com isso pode testar 100 drogas ao mesmo tempo, o que é uma coisa que jamais um médico conseguiria em um ser humano”, explicou Muotri.
Por enquanto, o laboratório deverá focar no tratamento de autismo. Muotri diz que, no futuro, devem expandir para outras síndromes.
FONTE: G1

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Educação Inclusiva



"O professor regular tem que estar ciente de é ele o responsável pelo aprendizado e pela inclusão de todos os alunos especiais de sua sala! O assistente, se houver, apenas o ajudará nessa tarefa." Roberto Andersen




sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Falta de agentes de apoio à educação especial prejudica crianças no Rio

09/09/2016 06h33 - Atualizado em 09/09/2016 06h33

Concurso teve mais de 2 mil aprovados, mas só 210 foram chamados.
Secretaria diz que cerca de 90% das escolas possuem alunos especiais.


Enquanto o Rio recebe a Paralimpíada, milhares de crianças com algum tipo de deficiência sofrem com a falta de assistência à educação especial na rede pública do município. São mais de 13 mil alunos nesta condição na cidade. Eles aguardam a contratação dos mais de 2 mil agentes de apoio à educação especial aprovados em concurso da prefeitura em 2014, dentre os quais pouco mais de 200 foram nomeados.

Cansadas de tanto esperar a convocação dos agentes, muitas mães se uniram em um movimento de luta pela educação inclusiva chamado Meu Rio.
"Por causa da falta de assistência, muitas famílias desistem de manter seus filhos nas escolas municipais. Muitas crianças estão completamente sem assistência. Precisamos desses agentes, que ficam mediando a interação do aluno com a escola", afirma Laura Molinari, coordenadora de mobilização e ativismo do movimento.

Quando a lei de criação do cargo de agente de apoio à educação especial foi aprovada, em 2013, a previsão era que 3 mil agentes seriam necessários para atender à demanda. No orçamento do município para 2016, mil deles seriam contratados a partir do concurso realizado em 2014, entretanto, pouco mais de 200 mediadores atendem às crianças com deficiência da rede municipal de ensino.

Dentre os aprovados no concurso, apenas 150 foram convocados em 2015. Outros 60 concursados conseguiram ser nomeados em 2016 após intervenção do Ministério Público. O número de agentes exercendo a função é muito inferior ao número de alunos que necessitam do auxílio dos educadores de apoio, segundo os ativistas.
"Em uma tarde, a mãe Esmeralda Goulart David relatou que chegou no colégio para trocar as fraldas do filho, que tem mielomeningocele, e lá o encontrou num canto, de cabeça baixa, batendo os dedos na mesa. Ao questionar a professora por que ele não estava fazendo as atividades com o resto da turma, recebeu a resposta de que seu filho seria preguiçoso. Isso não pode acontecer", lamenta Laura Molinari.

Formada em psicologia e aprovada no concurso, Stela Castro ainda aguarda sua convocação e reclama da contratação de estagiários no lugar dos agentes.

"Se completassem todas as quase 3 mil vagas já seria pouco para mais de 10 mil crianças que precisam desses agentes. E chamar estagiários não é o ideal. Além de a carga horária ser de quatro horas, o tempo de contrato é muito pouco para as crianças se adaptarem a eles", comenta Stela.
Previsão de novas convocações
A Secretaria Municipal de Educação informou que, atualmente, a rede municipal possui mais de 2,5 mil profissionais atuando diretamente com a Educação Especial, entre professores, estagiários e voluntários, além de 116 agentes de apoio à educação especial concursados. Há, ainda, segundo a pasta, previsão de nomear mais agentes nos próximos anos, durante a vigência do concurso.
A SME garantiu que cerca de 90% das unidades escolares da Rede possuem alunos com necessidades especiais e que 226 unidades escolares possuem classes especiais, direcionadas ao atendimento exclusivo destes alunos.
"As Salas de Recursos saltaram de 14, em 2010, para 464 atualmente, ocupando o lugar central no processo de inclusão. Neste novo modelo, são disponibilizados professores itinerantes, estagiários oriundos de universidades conveniadas com a SME, voluntários intérpretes e instrutores de Libras e Agentes de Apoio à Educação Especial", informou a secretaria por meio de nota.
FONTE: G1

sábado, 3 de setembro de 2016

Uma bela entrevista

Há mais de 30 anos, Olivia escuta a mesma pergunta "o que é que ele tem?". Numa entrevista muito corajosa e afetuosa, ela relata para Roberto D’Avila o caminho que teve que trilhar para repensar muitos valores e preconceitos. As histórias no livro recém-lançado começaram a ser rascunhadas em 2012, por incentivo do seu marido, o diretor Daniel Filho.






sábado, 2 de abril de 2016

2 de Abril - Dia Mundial da Conscientização do Autismo X Realidade

                             
                                 

                                    Em contra partida


Crianças com autismo têm inclusão de faz-de-conta

Lei garante o direito a matrícula para crianças com autismo em todas as escolas. Mas a inclusão desejada passa longe da sala de aula

O dia 2 de abril é o dia mundial de conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entre as reivindicações de políticas públicas para os 4% da população que têm algum grau de autismo, a que mais se destaca é a inclusão escolar. Desde que a lei 12.764/12 foi regulamentada, famílias que encontravam as portas fechadas nas escolas particulares e quase nenhuma atenção das instituições públicas passaram a ter a matrícula de seus filhos aceita, além de ter o direito a um profissional de apoio para acompanhamento especializado, se necessário. Negar matrícula a pessoas com deficiência – e quem tem autismo passou recentemente a ter os mesmos direitos – leva à punição de três a 20 salários mínimos para o gestor escolar e, em caso de reincidência, à perda do cargo.

Mas, mesmo que garantida a matrícula, é longa a luta pelo direito de aprender e de ter suas particularidades respeitadas. Diferente de quem tem uma deficiência física, que pode ter a necessidade educacional especial resolvida com rampas e elevadores, por exemplo, a solução é mais desafiadora em casos como o autismo, transtorno que compromete a comunicação, a interação social e a capacidade de imaginação e planejamento. “Existe a lei que determina que a inclusão deve acontecer, mas não determina o apoio e, mais do que isso, não determina ações que possibilitem atendê-los de forma mais inclusiva”, afirma a terapeuta ocupacional Claudia Omairi, professora e pesquisadora em Integração Sensorial e Autismo pela UFPR.
Especialistas defendem que alunos com necessidades especiais como os que têm autismo precisam de uma readaptação do ambiente para que possam ter a chance de aprender como os demais. Para isso, as políticas públicas devem garantir aos educadores a capacitação, tempo de preparo de aulas, recursos de tecnologia assistiva e espaço físico adequados. Além do currículo adaptado e de um profissional de apoio com maior ou menor interferência no dia a dia escolar, uma criança com autismo pode precisar de cuidados com estratégias sensoriais, que variam desde estímulos visuais, auditivos ou táteis, lembrando que cada criança pode responder com uma hiper-resposta (quando não tolera brincar na areia, ou mexer em tinta) ou ser hipo-responsivo (se machuca, mas a dor não é percebida, pois não tem registro sensorial). “Os professores devem ter um bom conhecimento acerca do autismo, e saber como lidar com as estratégias sensoriais a fim de amenizar o impacto frente às diversas reações da criança”, afirma Cláudia.
“A professora grita muito, grita: ‘vai logo”, ‘presta atenção’”, conta Artur, 7 anos, estudante de uma escola particular de Curitiba. O menino, que tem autismo e sensibilidade auditiva, passou a se recusar ir à escola e a mãe Estefânia Dias Mendes, que é professora do ensino fundamental da rede pública, está aguardando um posicionamento da direção. A terapeuta ocupacional e a psicóloga que atendem o menino já haviam feito visitas à escola, mas o garoto permanece sendo obrigado a fazer cópia do quadro e as reclamações sobre a gritaria continuam. “Essa semana, um colega contou que Artur disse à professora que não era correto deixar os alunos surdos. A turma toda riu, e nada tem sido feito para respeitar meu filho. Ele não pode continuar com essa professora”, conta Estefânia, que estuda registrar boletim de ocorrência contra a escola.
Mães assumem adaptações das salas de aula
Apesar de a inclusão estar em debate no Brasil há quase 20 anos, a escola ainda rejeita o uso de materiais fundamentais para o aprendizado de muitas crianças com necessidades educacionais como o autismo, segundo a terapeuta ocupacional Marcia Valiati, do ambulatório Enccantar, que também atende crianças com autismo. Ela sugere que sempre um profissional capacitado encontre adaptações personalizadas em cada escola, de acordo com os alunos que lá estudam. Apesar do cuidado individualizado ser o ideal, há medidas que favorecem a todos e que podem ser implementadas facilmente. “Ao sentar, a criança não deve ficar com os pés elevados, balançando. O que pode ser resolvido com um apoio fixo, de balanço, ou almofada. As escolas também não aceitam o plano inclinado, mas ele é essencial para ajudar a manter o foco, especialmente na hora da criança copiar algo do quadro. Também adapto materiais”, afirma.
A fisioterapeuta e psicopedagoga Karlen Pagel conta que conquistou abertura para fazer adaptações de materiais na escola particular onde os filhos Enzo e Caio cursam o 1º ano. Ambos têm autismo e usam materiais como almofadas sensoriais, lápis e tesoura especiais além de adaptações ergonômicas. Mas se a abertura para levar materiais adaptados para a sala de aula – pagos pela família – não é um problema, Karlen sente falta do contato mais próximo com a equipe de professores. “Eles não adaptam nada, parte da família mesmo. Mas penso que é um processo, aos poucos vamos conseguindo convencer a escola da importância de assumir esse papel. Minha maior dificuldade é a distância em relação às professoras. Não são liberadas para participar de discussões com a equipe terapêutica dos meninos, como um grupo do whatsapp que mantemos só para esse fim.”
Nos Estados Unidos cada aluno com autismo têm seu material escolar adaptado, com muita informação visual, figuras e cuidado com textos que podem ser difíceis de ser interpretados – pessoas com autismo têm pensamento literal e concreto. A rotina visual traz previsibilidade das ações que ocorrerão na escola, evitando assim o aparecimento de comportamentos inadequados. Foi um baque se deparar com a realidade das escolas brasileiras para a pedagoga Laressa Herman, mãe do Leonardo, 6 anos, que estudou em escolas americanas até o ano passado. “Além da escola, pago terapeuta ocupacional e clínica, o combinado era a escola passar todo o material que a turma do Leonardo está vendo com antecedência de uma semana, para as terapeutas poderem adaptar. Mas a escola sempre atrasava e acabou virando uma bola de neve”, conta.
Leonardo têm atividades estruturadas específicas, leva para escola almofada de peso (veja galeria de fotos abaixo) e um tapete para ficar mais confortável quando cansa da cadeira, tudo pago pela mãe. Para a professora da UFPR Claudia Omairi, informar as famílias sobre os direitos de seus filhos e deveres das escolas – como a proibição de qualquer escola cobrar que a família providencie materiais adaptados ou pague profissionais para isso – também deve ser alvo de ação governamental. “São muitos os desafios, a sociedade tem de obter mais conhecimento acerca do autismo e há um grande caminho a ser percorrido. Cabe aos governos instituir e à sociedade cobrar.”

FONTE: Gazeta Povo