"Quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo".

(Henry Ford)


____________________ TEA (Transtorno Espectro Autista)






domingo, 31 de maio de 2015

Professor: você sabe o que são os Transtornos do Espectro Autista (TEA)?

 
Fonte: Shutterstock
Além de dominar suas respectivas áreas do conhecimento e estarem sempre atualizados em relação às novas técnicas pedagógicas, uma das missões dos educadores é também lidar com as dificuldades de cada aluno e promover a inclusão dentro da sala de aula. No entanto, mais do que os problemas comuns de relacionamento ou assimilação do conhecimento, existem situações que desafiam os educadores ao máximo. É o caso dos chamados Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Os Transtornos do Espectro Autista são distúrbios neurológicos que afetam a comunicação e a socialização de pessoas em todo o mundo. Além do autismo clássico, doença que está incluída nesta categoria, há também o autismo de alto desempenho, antigamente chamado desíndrome de Asperger e Transtornos Globais do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.

Embora estejam todas classificadas no mesmo espectro, cada uma dessas doenças tem um nível de gravidade distinto. No caso do autismo clássico, os portadores apresentam muita dificuldade para se expressar, ou não falam. Costumam fazer movimentos repetitivos e evitam ao máximo o contato com outras pessoas, alguns têm, de fato, deficiências mentais. Já o autismo de alto desempenho apresenta outras características. Embora os pacientes diagnosticados também tenham alguns dos problemas do autismo clássico, são extremamente inteligentes e conseguem se comunicar com muito mais facilidade. Já as crianças que apresentam Transtornos Globais do Desenvolvimento Sem Outra Especificação costumam ter um diagnóstico tardio, já que os sintomas não se encaixam exatamente em nenhuma das categorias.

Em geral, as crianças acabam desenvolvendo essas condições – que as acompanharão por toda a vida - até os 3 anos de idade e, a partir de então, devem receber os cuidados de uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos e psicólogos, além da família e, dependendo do caso, a escola. De qualquer forma, conhecer os sintomas e manifestações dos TEA é fundamental para que os alunos que sejam portadores dessas condições médicas sejam incluídos e consigam aproveitar ao máximo a experiência escolar.

Adaptar as aulas às necessidades desses estudantes é fundamental. Para ajudá-los a se preparar, é interessante disponibilizar um planejamento e um calendário com bastante antecedência e manter-se fiel a essa estrutura; fazer isso é útil, pois eles costumam ser muito ligados a regras e podem apresentar certa resistência às mudanças. Outra boa dica édisponibilizar slides e outros recursos, assim, eles podem rever o conteúdo com calma, quantas vezes for preciso. Dependendo do estudante, é possível que apresente pouca coordenação motora, por isso, escrever e prestar atenção na aula não é algo muito produtivo. Se o aluno preferir, é interessante que o autorize a gravar as aulas.

Uma medida que pode colaborar para que esses alunos tenham um bom desempenho é oferecer um pouco mais de tempo para a realização de provas e até mesmo um ambiente separado, que não apresente distrações. Assim, eles podem se concentrar melhor.

O feedback também é essencial para que eles se saiam bem. Por isso, construir uma relação de confiança com esses alunos é muito importante, sempre oferecendo ferramentas para que eles possam se aprimorar. Nesse aspecto, os pacientes de TEA costumam se dedicar muito às suas áreas de interesse específico, além de serem detalhistas e observadores. Por isso, ao notar que um aluno tenha desenvolvido uma atenção especial em relação a determinado tópico, encoraje-o a descobrir mais sobre o assunto.

Por fim, esses alunos merecem todo o respeito e a consideração da turma. Em nenhuma circunstância podem ser desrespeitados, por isso, a classe deve estar envolvida em um processo de inclusão e aceitação das diferenças. Desenvolver uma parceria com a família e a orientação educacional da escola também será muito eficaz para acompanhar o progresso desses estudantes e, consequentemente, tornar o ambiente acadêmico mais positivo para todos.
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deusina lopes da cruz
*31 de maio de 2015
Parabéns pela iniciativa de escrever sobre o tema. Apenas gostaria de sugerir mais cuidado ao se referir ao Transtorno do Espectro do Autismo TEA - é um Transtorno, não é uma doença e os alunos não são pacientes e sim, alunos com necessidades de apoios na escola, já amplamente previstos no âmbito do Atendimento Educacional Especializado AEE, no Brasil. Ainda não se conhece todas as questões de saúde, ambientais e sociais que causam este Transtorno, nem o porquê dos seus níveis de desenvolvimento
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sábado, 16 de maio de 2015

Bebê prematuro tem mais chance de desenvolver autismo


04 de Maio de 2015

Washington - Os nascimentos prematuros podem alterar a conectividade entre diferentes partes do cérebro, o que pode aumentar o risco da criança desenvolver autismo e problemas de atenção, segundo um estudo britânico publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.
Pesquisas anteriores já tinham observado que o autismo e os problemas de concentração são mais frequentes em crianças prematuras.
Pesquisadores do King's College de Londres utilizaram uma ressonância magnética para examinar as conexões específicas dos cérebros de 66 crianças, das quais 47 nasceram antes da 33ª semana de gestação, enquanto outras 19 nasceram no tempo previsto.
Os autores se concentraram nas conexões entre o tálamo, o centro de reflexos emocionais, e o córtex, a matéria cinzenta que rodeia os hemisférios cerebrais e que tem um papel fundamental em muitas funções cognitivas.
Os cientistas constataram que os bebês nascidos entre as 37ª e a 42ª semanas, que é o período normal de gestação, tinham estruturas sabidamente similares às dos adultos em algumas partes do cérebro, o que confirma que as conexões estavam bem desenvolvidas no momento do nascimento.
Ao contrário, nos prematuros, os especialistas observaram menos conexões cerebrais entre o tálamo e o córtex, porém mais conexões com uma zona particular do córtex que está envolvida no processamento de sinais faciais, dos lábios, a mandíbula, a língua e a garganta.
Isto poderia explicar porque os bebês prematuros que são amamentados ou alimentados com mamadeira aprendem a fazê-lo antes que as crianças nascidas a termo.
Mas a menor conectividade na região do córtex envolvida nas capacidades cognitivas pode estar relacionada com o fato de estas crianças terem mais probabilidades de sofrer de problemas de concentração e de socialização, segundo os pesquisadores.
"A próxima etapa na nossa pesquisa será compreender o vínculo entre estas observações e as dificuldades de aprendizado, concentração ou socialização", comentou Hilary Toulmin, do centro de desenvolvimento cerebral do King's College e principal autora do estudo publicado na academia americana deciências (PNAS).

FONTE: Exame.com

sábado, 2 de maio de 2015

Cruzeiros para crianças com autismo



28 de abril de 2015
Royal Caribbean recebe título de "empresa amiga dos autistas"
Royal Caribbean recebe título de “empresa amiga dos autistas”
Sair para viajar com crianças que têm necessidades especiais não é uma tarefa muito simples. Pais de autistas, por exemplo, muitas vezes abrem mão de viagem de férias porque sabem que seus filhos poderão não se adaptar bem a mudanças na rotina. Conheço famílias que vivem esse problema. Por isto, achei tão bacana esta notícia. A empresa de navios de turismo Royal Caribbean recebeu o título de “primeira linha oficial friendly de cruzeiros para autistas”, ou seja, está bem preparada para receber este público em seus navios.

Para algumas pessoas com autismo, transições e mudanças na rotina podem ser muito difíceis, explica Lisa Goring, vice-presidente executiva de programas e serviços para autistas da Royal. Com o objetivo de atender este público específico, a linha de cruzeiros já incorporou novos programas para os jovens com o distúrbio, além de pessoal treinado na sala de recreação infantil, sessões especiais de cinema com uma iluminação mais forte e a permissão para que os espectadores possam falar e caminhar em torno do teatro durante o filme. A empresa criou também um livro de história que ajuda a introduzir o conceito de um cruzeiro para uma criança com autismo, mostrando-lhe o que pode esperar durante sua viagem.

Existe inclusive uma associação _ a Autismo nos Mares _ especializada em dar suporte às empresas de navios “amigas dos autistas”, e é cada dia mais comum encontrar viagens que atendam às exigências de portadores de necessidades especiais. Nos Estados Unidos os cruzeiros com grupos de famílias de autistas são frequentes (e cada vez mais procurados) e a proposta logo deve se espalhar pelo mundo. “Há uma onda de mudanças em termos de consciência”, diz Marguerite Colston, porta-voz da Sociedade de Autismo da América. Tomara que seja assim por aqui também.
Postado por viviane_bevilacqua, às 6:00