"Quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo".

(Henry Ford)


____________________ TEA (Transtorno Espectro Autista)






sábado, 31 de outubro de 2015

Alysson Muotri conversa com Nicolas Brito Sales, um adolescente autista que passou a ser verbal e hoje dá palestras pelo Brasil.


por Alysson Muotri

Conversa com o Nicolas

De 1 a 5% dos autistas conseguem uma trajetória clinica positiva, ou seja, são casos severos mas que com o tempo melhoram, alguns até saem do espectro. Sabemos que esse fenômeno acontece já faz tempo através de relatos clínicos e estudos científicos. A própria internet está cheia de exemplos de autistas não verbais que passaram a falar, casos severos que tornam-se indivíduos produtivos e independentes. O que não sabemos é  por que isso acontece com alguns, mas não com todos.
Desde que me envolvi com o universo autista, procuro conhecer cada um deles que cruzam o meu caminho, sempre à procura de pistas que possam auxiliar a ciência a encontrar uma maneira de ajudar os menos favorecidos. Uma forma muito legal de fazer isso é dialogando com autistas que passaram a se comunicar, como a canadense Carly Fleischmann, que aprendeu a digitar, ou o japonês Naoki Higashida, autor do livro “The Reason I Jump”.

Estive no Brasil recentemente para o pré-lançamento da Tismoo e tive o privilegio de conhecer o Nicolas Brito Sales, um adolescente autista que passou a ser verbal e hoje dá palestras pelo Brasil. O resultado desse encontro você acompanha no vídeo abaixo:

Para assistir o vídeo clique AQUI

FONTE: G1


sábado, 24 de outubro de 2015

Sinais de Alerta por Dr. Carlos Gadia


Dr. Gadia possui mais de 20 anos de experiência com autismo, tendo se tornado, ao longo de sua trajetória profissional, referência internacional no assunto. Atualmente, é diretor associado do Miami Children’s Hospital (Flórida - EUA).




sábado, 17 de outubro de 2015

Juiz reduz jornada de trabalho para mãe de criança com autismo

15 de Outubro de 2015




Funcionária da Eletrobras entrou com ação alegando que o filho precisa de acompanhamento especial.



O juiz do Trabalho da Vara de Bom Jesus, Carlos Wagner Araújo Nery da Cruz, (foto) concedeu liminar determinando a redução da jornada de trabalho de uma funcionária da Cepisa (Eletrobrás Piauí) lotada em Bom Jesus, para acompanhamento do filho que tem autismo.
A funcionária ingressou com ação na Vara do Trabalho alegando que o filho necessita de acompanhamento especial, uma vez que depende de suporte multiprofissional (psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicopedagogia), estímulo de linguagem, dentre outras terapias, e que, por isso, necessitava de um acompanhamento mais próximo.
Já a Cepisa alegou, nos autos, que a padrão da jornada de trabalho é 220 horas mensais, que não há previsão legal para redução da jornada,  e que, mesmo que houvesse, seria necessário a compensação de horário.
Ao analisar o caso, o juiz do Trabalho Carlos Wagner, explicou que, mesmo não havendo previsão legal expressa na ordem infraconstitucional para a concessão do pedido inicial, "a questão assenta-se numa perspectiva do direito internacional, da interpretação conforme a Constituição, bem como da efetividade de direitos humanos resguardados às pessoas com deficiência".
Nesse aspecto, ressaltou que a síndrome de autismo está contemplada na Convenção Internacional sobre Direitos da Pessoa com Deficiência, promulgada pela República Federativa do Brasil através do Decreto 6.949 de agosto de 2009.
O Juiz citou o item "X" da Convenção que reconhece a família como núcleo natural e fundamental da sociedade e que as pessoas com deficiência e seus familiares devem receber atenção e apoio necessários para contribuir com o exercício pleno e equitativo dos direitos da pessoa com deficiência. 
"Portanto, mais que o interesse da Administração Pública em não reduzir a jornada de trabalho do empregado público, por conta do princípio da legalidade no viés restrito, mais do que o interesse da empregada pública em acompanhar o tratamento de seu filho, encontra-se o interesse da criança com transtorno do aspectro autista, que deve gozar de mais dedicação e atenção de sua genitora no acompanhamento de seu tratamento e de suas terapias", destacou o magistrado, concedendo a liminar que determina a redução da jornada para 30 horas semanais, não excedendo 6 horas diárias, sem necessidade de compensação e com a manutenção da remuneração e demais vantagens.

sábado, 10 de outubro de 2015

Especialistas sugerem presentes paras crianças diagnosticadas com autismo



Para crianças de 0 a 2 anos, por exemplo, a sugestão é por brinquedos de ação e reação. Precisam ter cor e som para quem tem dificuldade de perceber e interpretar..
 
Há quem acredite que eles não interajam com os objetos, mas pelo contrário, um brinquedo adequado é fundamental para o desenvolvimento psicológico e social de uma criança diagnosticada com autismo. Com a proximidade do Dias das Crianças, especialistas dão dicas de presentes para esses pequenos especiais.
    
Somente no Brasil estima-se que existam mais de 2 milhões de casos de TEA - Transtorno do Espectro Autista. O transtorno é identificado geralmente nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social.
 
Principalmente durante o tratamento para melhorar o processamento sensorial, os brinquedos infantis são grandes aliados, contudo, é importante serem adequados para cada perfil. Para a psicóloga, Maíra Ainhoren Meimes, da Clínica Interligar, a aceitação pode ser relativa.
    
"É importante conhecer um pouco a criança para saber um pouco quais as características cognitivas, somente a idade não é o suficiente para escolher. Conheço crianças com autismo que não suportam, por exemplo, ver balão, mas as bolinhas de sabão, normalmente, são bem aceitas", explica.
     
Ela conta também que crianças com autismo podem mostrar comportamentos imprevisíveis relacionados ao seu grau de hipo ou hipersensibilidade a certos estímulos. Em razão disso, é preciso cuidar para não assustá-los. Segundo Maíra, é importante cuidar na hora de apresentar um determinado objeto que possa ter um estímulo sensorial muito evidente, sob pena de gerar uma desorganização comportamental, provocando emoções ruins e gerar alguma forma de comportamento do corpo, que não é esperado socialmente. Na hora de apresentar um brinquedo é importante que haja previsibilidade, ou seja, que de alguma forma seja explicado anteriormente para a criança o que aquele brinquedo faz e manuseá-lo junto com ela.
   
 "Acho que temos que cuidar os brinquedos que tenham muitos estímulos sensoriais, sonoros e visuais, porque não sabemos qual será a hipersensibilidade da criança. Temos um brinquedo aqui na clínica que serve para avaliação, uma bolinha que a criança aperta e ela vibra, faz um som e emite uma luz, é o tipo que não é legal, porque pode assustar e desorganizar. Essa desorganização é um problema, podem começar a chorar, se bater ou bater em outra pessoa", explica a psicóloga.
    
 Segundo o terapeuta Ocupacional, Filipe Geyer, que também atua na Clínica Interligar, para a escolha do brinquedo, o mais importante é compreender como é o funcionamento da criança com autismo fica melhor.
    
"Para crianças de 0 a 2 anos, por exemplo, sugiro brinquedos de ação e reação. Precisam ter cor e som para quem tem dificuldade de perceber e interpretar. Para os que estão se aproximando dos 3 anos, uma sugestão, se a criança não apresenta sensibilidade tátil, a massinha de modelar é uma opção fantástica, ainda mais se forem coloridas e tiverem moldes para estimular o cérebro."
    
 Para os maiores, que já passaram dos 4 anos, o profissional diz que é uma nova etapa no desenvolvimento. "Entram na fase do simbolismo, já precisam saber o que fazer. Coisas que exijam mais deles. Os famosos Pula Pirata e O Sr. Batata são ótimas opções", esclarece Filipe Geyer.
 
FONTE: Segs

sábado, 3 de outubro de 2015

Lei federal estabelece proteção de direitos da pessoa com o transtorno, entre eles, o da Educação



Coordenadora pedagógica da escola de Educação Infantil CEAV Jr. escreve artigo sobre o tema abordando a importância da inclusão por meio do ensino
 
A Lei nº 12.764 instituiu a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista". A medida faz com que os autistas passem a ser considerados oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito a todas as políticas de inclusão do país - entre elas, as de Educação. A lei é considerada por especialistas como um reforço na luta pela inclusão. Segundo o texto, o autista tem direito, por exemplo, de estudar em escolas regulares, tanto na educação básica quanto no ensino profissionalizante. 
 
Coordenadora pedagógica da escola de Educação Infantil CEAV Jr., onde estudam alunos com autismo, Stefani Karoline escreveu artigo sobre o tema. O objetivo, segundo ela, é esclarecer dúvidas que ainda cercam o assunto e abordar a importância da inclusão dessas pessoas no ensino por meio da escola. 
 
“Entre os aspectos que podem afetar uma pessoa com autismo estão não fazer amigos, não participar de jogos interativos, ser retraído, não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contato visual, preferir por ficar sozinho. O autista ainda pode ter acessos de raiva intensos, baixa capacidade de atenção, e poucos interesses”, enumera a coordenadora pedagógica.
 
Para os professores que trabalham com alunos autistas, Stefani Karoline diz que algumas ações contribuem para lidar melhor com essas crianças e para que elas alcancem os melhores resultados no aprendizado:
 
“O professor deve pedir à família do autista um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado a cada criança, e utilizar as preferências e materiais de agrado para a criança na aula ou no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar. Utilizar muitas imagens e musicalidade, pois isso facilita o aprendizado. Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos”, explica.
 
Stefani garante que é possível que o aluno autista seja incluído em turmas com crianças ‘não especiais’, e que cabe ao professor conduzir as atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula de forma que haja a participação desses estudantes às tarefas escolares.
 
“O profissional deve utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão, pois os autistas são mais visuais que verbais. Estabelecer rotinas que a criança possa predizer ou antecipar por meio da repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia. Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às outras crianças, perguntar como foi a tarde ou o dia anterior”, diz Stefani, que chamou a atenção para importante ponto característico da criança autista: “Em caso de ansiedade, procurar utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade. Se houver birra é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta, mas a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade do aluno autista de se acalmar”, conclui.
 

FONTE: Segs.com.br