"Quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo".

(Henry Ford)


____________________ TEA (Transtorno Espectro Autista)






sábado, 21 de março de 2015

Pesquisa quer provar eficácia de planta para reduzir efeitos do autismo


21/03/2015

Foi com o uso de uma planta bastante conhecida na medicina popular que a farmacêutica Ângela Capucho percebeu uma redução significativa dos efeitos do autismo em seu filho Vinícius, de 7 anos.
A erva de São João, usada principalmente para tratar casos de ansiedade e depressão, surgiu como uma esperança no tratamento do transtorno no final do ano passado, ao ser citada em uma pesquisa feita em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). A eficácia da planta para pessoas autistas – ainda não comprovada cientificamente – será testada em uma nova etapa do estudo ainda este ano.
O uso da erva e outras pesquisas desenvolvidas sobre o distúrbio que prejudica o desenvolvimento cerebral e afeta o comportamento e as habilidades de comunicação são tema de um congresso realizado em Ribeirão Preto (SP). A 1ª Semana Internacional do Transtorno Espectro Autista (TEAbraço) segue até domingo (23) na cidade.

Desde novembro de 2014, quando começou a ministrar doses da erva de São João para o filho – mesmo sem ter a comprovação científica dos benefícios da planta – a farmacêutica percebeu mudanças positivas no comportamento de Vinícius, diagnosticado com autismo grave.
Segundo ela, as cápsulas fitoterápicas de hipérico, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que só podem ser vendidas com prescrição médica, ajudaram a reduzir os quadros de estereotipia da doença. “Meu filho ficava o dia inteiro balançando o corpo ou objetos, no mundinho dele, era mais hiperativo, pulava muito, gritava, agora está mais tranquilo, diminuiu essa busca pela estereotipia e parou para prestar mais atenção no mundo ao redor”, comenta Ângela.
Vinicius com o pai e a mãe, Ângela Capucho (Foto: Ângela Capucho/Arquivo Pessoal)Vinicius com o pai e a mãe, Ângela Capucho
(Foto: Ângela Capucho/Arquivo Pessoal)
A pesquisa
Melhorias na parte cognitiva, na memória, no foco e na atenção puderam ser observadas em voluntários que já utilizaram a planta de maneira preliminar, em chás ou em cápsulas, segundo o biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA.
Em laboratório, a equipe do pesquisador “curou” um neurônio autista ao realizar estudos com células-tronco e aplicar uma droga chamada hiperforina, o princípio ativo encontrado na erva de São João (Hypericum perforatum).
“O projeto começou quando começamos a coletar células de polpa de dente de crianças autistas e assim que essas células chegaram ao laboratório fizemos uma análise genética para descobrir quais as alterações que o indivíduo possuía em seu genoma. No caso dessa criança, detectamos mutações no gene TRPC6 além de outros genes”, explica o pesquisador. O TRPC6 é o gene que regula impulsos nervosos e é importante para a formação de neurônios.

'Cura' de neurônios
Segundo o estudo, esses genes autistas possuem menos ramificações e fazem menos conexões que os cromossomos de uma pessoa sem autismo e o uso de drogas pode reverter os defeitos nos neurônios de pessoas com o distúrbio. Essa mudança na característica do TRPC6 pode sugerir que certas doenças do desenvolvimento neural conseguem ser tratadas ou até mesmo curadas.
Imagem mostra diferença entre neurônio de pessoa sem autismo (à esquerda) e de autista (Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)Imagem mostra diferença entre neurônio de
pessoa sem autismo (à esquerda) e de autista
(Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)
Entretanto, o uso da hiperforina para tratar a doença é restrito, já que há diferentes tipos de autismo, com alterações em diversos genes. “Nós estimamos que menos de 1% dos autistas se beneficiariam da erva, pois ela ajudaria apenas uma fração que carrega mutações especificas no gene TRPC6”, afirma Muotri.

Tratamento personalizado
A reprogramação celular que possibilitou o estudo dos genes em neurônios de pacientes com autismo vai ajudar a identificar as alterações genéticas presentes em quem possui o transtorno e, no futuro, poderá oferecer um tratamento personalizado para cada indivíduo.

“Como o autismo é uma doença heterogênea, pode até ser que tenhamos tratamentos personalizados para cada paciente, a depender de suas alterações genéticas”, comenta a pesquisadora da USP Karina Griesi Oliveira.

O uso de drogas específicas para cada alteração que causa o transtorno neurológico depende do mapeamento genético dos pacientes. Além disso, a aplicação de medicamentos para tratar o autismo ainda depende de estudos controlados.
As pesquisas comparativas em pacientes autistas com o uso da erva de São João, por exemplo, devem começar no segundo semestre de 2015 no Brasil, após aprovação de um comitê de ética. “É um resultado promissor, mas entre o resultado e saber se realmente vai funcionar, não sei quantos anos de pesquisa pode ter ainda”, diz a professora do Centro de Estudos do Genoma Humano, Maria Rita Passos-Bueno.

Apesar das incertezas e restrições, a farmacêutica Ângela não tem dúvidas sobre os efeitos medicinais da planta no tratamento do filho. “Não tem nada comprovado cientificamente para o autismo ainda e se for esperar vai demorar muito, por isso resolvi tentar”, diz. “Já dei várias medicações para ele, nenhuma deu resultado e todas davam bastante efeito colateral. Esta foi uma das únicas medicações que não teve efeito colateral grave a curto prazo”.
Autismo é causado por mutações em genes que regulam a divisão de células progenitoras neurais (Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)Autismo é causado por mutações em genes que regulam a divisão de células progenitoras neurais (Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)
FONTE: G1

sábado, 14 de março de 2015

Rezende quer debater políticas públicas sobre o autismo em MT


março 8, 2015
Sebastião Rezende: “a audiência é uma das formas de aumentar o conhecimento da sociedade sobre o autismo, buscando melhorar a qualidade de vida deles e de suas famílias”
Sebastião Rezende: “a audiência é uma das formas de aumentar o conhecimento da sociedade sobre o autismo, buscando melhorar a qualidade de vida deles e de suas famílias”
O deputado Sebastião Rezende (PR) apresentou um requerimento pedindo uma audiência pública para debater políticas públicas sobre o autismo em Mato Grosso. O debate está previsto para acontecer no dia 2 de abril, às 19 horas, na Assembléia Legislativa de Mato Grosso.
Em Mato Grosso, Rezende é autor da lei 10.262, que estabelece o calendário oficial de eventos do Estado, com a semana estadual de conscientização e reflexão sobre o autismo. “A data entrou para o calendário de eventos do Estado com a publicação da Lei nº 10.262 de 22.01.15, de nossa autoria. O dia da conscientização mundial do autismo é celebrado em 2 de abril, data reconhecida pela ONU – Organização das Nações Unidas”, disse o parlamentar.
De acordo com Rezende, a audiência pública vem ao encontro do desejo da Associação de Amigos do Autista de Cuiabá. “É uma de nossa bandeira de luta. Por isso, a audiência é uma das formas de aumentar o conhecimento da sociedade sobre o autismo, buscando melhorar a qualidade de vida deles e de suas famílias”, destacou.
Para a audiência, o parlamentar convidou os secretários estaduais de Saúde, de Educação e de Assistência Social, os diretores e os gerentes dos Centros de Apoio e Suporte a Inclusão da Educação Especial da Capital, das cidades pólos regionais de saúde. E também os diretores e os gerentes dos Centros de Atenção Psicossocial da Capital e do Interior do Estado.
O convite foi estendido ainda à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, ao Centro de Referência de Assistência Social de todo Estado, aos psicólogos, a psiquiatras, a pediatras, a nutrológos, a especialistas em medicina ortomolecular, aos alunos de psicologia da UFMT e das faculdades particulares da capital e interior, a Associação de Amigos do Autista de Cuiabá e das famílias de autistas e comunidade em geral.

sábado, 7 de março de 2015

Aviões "vestem" campanha em prol da difusão de informações sobre autismo


Passaredo Linhas Aéreas terá aviões plotados com a campanha do projeto TEABraço que promove em Ribeirão Preto/SP de 17 a 22 de março a 1a Semana Internacional do Transtorno Espectro Autista
 
Uma causa que precisa da atenção de profissionais ligados à saúde e à educação e da sociedade em geral. O Transtorno do Espectro Autista - TEA - ganhará um importante debate em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, de 17 a 22 de março com a participação de grandes autoridades do assunto no país e no exterior, além de ações para contribuir para a percepção do tema pela população com a difusão de informações sobre o autismo. Uma das ações envolve a Passaredo Linhas Aéreas que está apoiando a primeira edição do TEAbraço - Semana Internacional do Transtorno Espectro Autista.
 
A empresa colocou "no ar" aeronaves plotadas com a comunicação da campanha, levando para os céus e evidenciando o TEAbraço em 20 cidades brasileiras onde tem operação. Além disso, a Passaredo também está distribuindo folhetos explicativos sobre o assunto o evento e veiculando nos voos um spot gravado pelo cantor Juliano Cézar.
 
"Este é um apoio que reflete o compromisso da Passaredo em atuar intensamente em causas de conscientização e diagnóstico ligados à saúde. A companhia possibilita quecolaboradores e passageiros recebam informações que podem mudar a situação e o posicionamento do país com relação ao tema", diz o presidente da empresa, Comandante Felício.  
 
O TEAbraço acontece de 17 a 22 de março, no Shopping Iguatemi de Ribeirão Preto e contará com uma extensa programação, que vai desde, palestras com profissionais especializados no assuntos, exposições, mostra de filmes, soluções tecnológicas até um  Workshop internacional que contará com convidados experientes e capacitados nos Estados Unidos.


FONTE: segs.com.br